PUBLICATIONS 2023
OAK
Publication 2023
It is a challenging year, because the ID Team is focused on implementing the actions planned in the previous year. Together with the organizations supported, they are aimed at making tangible advances in terms of policies, plans, organizational charts, procedures and daily practices of organizations and intangible changes, such as: internal culture and institutional cohesion. The Team is working, this year, with the perspective of effecting more structuring changes in institutional development.
Que Brasil é este que vem aí?
Um diálogo sobre as possibilidades e desafios do novo contexto para o campo social
30 de outubro de 2022 marca a decisão do povo brasileiro em mudar os rumos do país. A vontade foi referendada nas urnas com a aprovação de 50,90% para o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva e para o seu vice Geraldo Alckmin. No entanto, o intento está longe das comemorações. A vitória acirrada nas urnas, composta por uma frente ampla de partidos orientados para um governo progressista, sob a regência do Partido dos Trabalhadores (PT), foi apenas de uma luta, cuja batalha está apenas começando. A expectativa da unidade, alimentada com doses de esperança, aguarda um porvir, menos sofrido e doloroso.
Se por um lado se comemora a vitória das eleições, da democracia e o aceno para o diálogo com os atores e movimentos sociais, há também a preocupação real acerca deste Brasil que emerge num contexto tão difuso, dividido e contraditório, em meio a discursos de violência e ameaças antidemocráticas. Abre-se espaço para novas e urgentes reflexões sobre o cenário que se prenuncia. É quase inevitável que alguns questionamentos emerjam, como que tentando fazer “balões de ensaio”, ou delinear possíveis contornos para o que começa a despontar. Quais narrativas virão à tona, qual será a tônica do governo
vindouro, como ser autônomo em relação a ele, sem que isso abra espaço para golpes e atentados contra a democracia?
Foi na tentativa de pensar conjuntamente questões como essas, especialmente na ótica das organizações da sociedade civil, que a Equipe DI realizou o Seminário “Que Brasil é esse?”, na tarde do dia 22 de novembro de 2022.
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
A mobilização de recursos nas Organizações da Sociedade Civil é um pilar indispensável para o seu Desenvolvimento Institucional.
Olhando “do portão para dentro”, a mobilização de recursos possibilita o desenvolvimento de capacidades internas, incluindo a contratação de talentos, treinamento de pessoal e aquisição de tecnologia e infraestrutura, que buscam aprimorar as dinâmicas institucionais. A sustentabilidade dessas organizações está ligada à sua capacidade de operar de maneira eficaz a curto, médio e a longo prazo, mantendo o cumprimento da sua missão e a efetivação dos impactos sociais almejados.
A mobilização de recursos permite igualmente que as organizações aprofundem temas, horizontes e análises que contribuam com a reformulação e o fortalecimento das capacidades operativas. Sua relevância se estende à possibilidade das OSCs contribuírem com agendas globais como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, entre outras.
Ao longo dos quatro anos de acompanhamento das OSCs que integraram o Fundo de Transição da Oak Brasil, foi possível observar um padrão: o conjunto das organizações apresentava uma grande dependência de recursos de poucas fontes. Mas a diversificação dessas, por meio de um eficaz mapeamento de oportunidades, e a criação de fluxos de trabalho mais estratégicos se faz indispensável.
Saiba mais sobre os aprendizados dessa jornada da Equipe DI no artigo “Mobilização de recursos para o desenvolvimento institucional: reflexões e aprendizados”, de Célio Meira.
ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO NAS OSCs
Um diálogo necessário
Todo planejamento é, necessariamente, estratégico?
Quando o planejamento estratégico surgiu na década de 1970, atendeu a um propósito específico e foi inserido em um contexto sociopolítico e econômico específico. Com a chegada de um novo cenário, movimentos e formas de organização inovadoras, questiona-se: o planejamento estratégico satisfaz as demandas das OSCs do século XXI? A noção de estratégia continua relevante e atual? Ou é limitada?
Essas e outras questões foram abordadas em um bate-papo entre o coordenador da Equipe DI, Domingos Armani, e o consultor em planejamento Leandro Valarelli, mediado por Cristiane Felix, jornalista e mentora de lideranças.
Confira tudo na entrevista “Estratégia e planejamento nas OSCs: um diálogo necessário”, disponível no livro Desenvolvimento Institucional: marcos e marcas do apoio às OSCs do Fundo de Transição da Fundação Oak no Brasil
LIDERANÇA E GESTÃO: INDIVÍDUOS, ORGANIZAÇÕES E O CAMPO DA INTERVISÃO
Atuar para o Desenvolvimento Institucional implica relacionar, de forma estratégica, as diversas frentes de trabalho de uma organização. Assim, a Equipe DI desenvolveu junto às OSCs integrantes do Fundo de Transição da Oak no Brasil, abordagens e metodologias integrativas. Dentre essas, a Intervisão.
Partindo dos eixos liderança, gestão, cuidado e autocuidado, o trabalho de Intervisão teve como objetivo principal contribuir para o desenvolvimento das capacidades das lideranças do Fundo de Transição para atuarem com maior integralidade no fortalecimento individual, coletivo e institucional.
Nesse contexto, as ações, que envolveram escutas individuais, atuação com equipes de cada organização e com o conjunto das OSCs, também visaram ampliar a capacidade de escuta e percepção de contexto das lideranças das organizações e de suas equipes para lidarem com os desafios internos de gestão e conflitos, assim como promover reflexões sobre os desafios presentes nas dinâmicas institucionais por meio de escutas individuais e coletivas.
Conheça como foi essa experiência no artigo “Liderança e gestão: indivíduos, organizações e o campo em intervisão”, assinado por Cristiane Félix, Dalva Correia e Havanna Marques. O relato de experiência integra o livro Desenvolvimento Institucional: marcos e marcas do apoio às OSCs do Fundo de Transição da Fundação Oak no Brasil.
UMA MARATONA PARA aprimorar as conexões entre mobilização de recursos e comunicação estratégica
As doações individuais são uma forma importante de contribuir para a transformação da sociedade. Por um lado, elas permitem que Organizações Não Governamentais possam realizar seus projetos e iniciativas em prol do bem comum. Por outro, as doações individuais são uma forma de participação cidadã e de exercício da solidariedade, permitindo às pessoas se envolverem com causas que consideram importantes e possam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, as doações individuais são uma forma de pressionar o Estado e as empresas a assumirem suas responsabilidades sociais e a investirem em áreas prioritárias para a sociedade.
Pensando nisso, e no aprimoramento da conexão entre estratégias de Mobilização de Recursos (MR) e de comunicação estratégica, a Equipe DI realizou com as OSCs integrantes do Fundo de Transição da Oak no Brasil, a Maratona Criativa em Captação de Recursos: um olhar sobre as doações individuais. A iniciativa se baseou na abordagem metodológica do Hackathon, cujo objetivo é desenvolver uma solução inovadora e criativa que atenda a um fim específico.
Saiba mais sobre essa experiência e abordagem no artigo “Uma maratona para aprimorar as conexões entre mobilização de recursos e comunicação estratégica”, de Célio Meira e Nataly Queiroz. O relato da experiência integra o livro Desenvolvimento Institucional: marcos e marcas do apoio às OSCs do Fundo de Transição da Fundação Oak no Brasil.
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